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Delegada explica a famílias de desaparecidos que não esperem 24h para comunicar à polícia

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Os casos de desaparecimentos em Manaus acontecem de forma recorrente e crescente, com cada desaparecido possuindo sua história e motivação, levando a processos investigativos diferentes do usual. Em razão disso, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Ordem Política e Social (Deops), esclarece qual a atuação da polícia a partir do momento em que um Boletim de Ocorrência (BO) é registrado.

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A delegada Catarina Torres, titular da Deops, tem 32 anos na Polícia Civil do Amazonas, destes, 14 são no comando da unidade especializada. Ela desenvolve junto à sua equipe as atribuições inerentes à unidade policial, dentre elas, a procura de pessoas desaparecidas. De acordo com a autoridade policial, o BO sobre pessoas desaparecidas deve ser realizado a partir do momento em que a família ou colegas sentem falta do indivíduo.

“Não existe um tempo mínimo para registro, como é comumente informado por populares. Na maioria das vezes, os familiares ou amigos já procuraram em lugares que a pessoa geralmente frequenta como, por exemplo, casa de amigos, parentes ou em seu local de trabalho, assim, sendo notada a irregularidade na rotina, independentemente do tempo, já pode se direcionar à delegacia”, explicou a delegada.

Catarina orienta que o primeiro procedimento é registrar o BO, pois assim a equipe está respaldada a iniciar os processos de investigação dessas pessoas. A delegada aponta, ainda, que quanto mais rápido for feita a denúncia, mais rápida será a atuação da polícia.

“Quando o comunicante comparece à Delegacia, sempre solicitamos uma foto, de preferência recente, pois a primeira providência é a divulgação pela imprensa, ainda com as melhores informações possíveis sobre esses desaparecidos, sem ocultar informações por quaisquer motivos, pois a partir daí o trabalho de localização se torna mais fácil”, reforça a autoridade policial.

A titular da Deops aponta que cada caso possui suas particularidades, e as investigações são feitas de forma singular, a partir disso, será traçada uma linha investigativa que vai nortear a localização do indivíduo.

Em casos de Pessoas com Deficiência (PcD) o processo se torna mais difícil, pois com o passar dos dias seus cabelos e barba crescem, o físico muda e isso leva à uma dificuldade maior de reconhecimento por meio das fotografias divulgadas. “Quando são crianças e adolescentes de até 17 anos, os casos são de competência da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca)”, informou Catarina.

Possíveis motivações – A autoridade policial aponta que a motivação é a maior dificuldade, pois muitas famílias não informam o possível motivo do desaparecimento, que geralmente são por fuga de casa, em casos das vítimas que sofrem LGBTfobia, ou filhos que se revoltam com os pais e não querem mais se manter no mesmo ambiente, outras vezes pode ser também por questões criminosas.

“Infelizmente, tem acontecido bastante casos de desaparecidos por questões criminosas. Atualmente, percebemos o aumento da participação de muitos jovens em grupos criminosos e envolvimento com o tráfico, isso causa um número considerável de desaparecidos”, disse a autoridade.

Além dessas informações, a titular reforça que caso esses desaparecidos sejam localizados por populares, o fato deve ser comunicado à polícia para que as investigações sejam encerradas e a equipe passe a focar nos demais casos.

Denúncias – Quem tiver informações sobre a localização de desaparecidos devem entrar em contato por meio do número (92) 3214-2269, ou pelo 181, o disque-denúncia da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM).

A Deops está situada nas dependências do 12° Distrito Integrado de Polícia (DIP), na avenida Professor Nilton Lins, conjunto Parque das Laranjeiras, bairro Flores, zona centro-sul da cidade.

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