O juiz Carlos Henrique Jardim da Silva está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e é investigado por suspeita de nove irregularidades. Ele é o responsável por revogar a prisão de Diogo Oliveira Hidalgo, o “Diego Islâmico”, líder do Comando Vermelho do Amazonas (CV) e também da prisão do pai de uma servidora do gabinete.
De acordo com informações do site Metropoles, o corregedor do CNJ, Luis Felipe Salomão, informou que o juiz absolveu de forma sumária Jessé Vieira dos Santos, que respondia a processo por peculato. Ele é pai de Jéssica de Araújo Vieira, servidora de confiança do gabinete de Carlos Henrique.
A sentença foi assinada enquanto juiz substituto e a juíza que estava de licença anulou a decisão assim que voltou, ao ver a falta de ritos legais e por indícios de que o processo deveria continuar. Além disso, a sentença teria sido escrita pela própria filha do réu.
Ainda de acordo com a denúncia, Carlos Henrique revogou a prisão de Diogo Islâmico, proferindo decisão mesmo não sendo juiz natural do caso e beneficiando a facção criminosa CV que atua no Amazonas.
O juiz também responde no CNJ por suposta omissão quando o promotor Walber Luís Nascimento, durante uma sessão no Tribunal do Júri, comparou a advogada Catharina Estrella a uma “cadela”. O caso ocorreu em setembro de 2023.
Carlos Henrique ainda não se pronunciou sobre as denúncias.