O vídeo da audiência de custódia de Gil Romero Machado Batista, 41, foi divulgado na internet e mostra que o Ministério Público entrou com um pedido de relaxamento da prisão preventiva para que o assassino de Débora Alves da Silva, 18, cumpra a pena em liberdade.
No vídeo vazado, Gil muito sereno e confiante conta orgulhoso que é estudante de direito, trabalha a onze anos de carteira assinada como vigilante e que é empresário.
Segundo a membro do parquet, a motivação do Juiz que pediu a prisão preventiva de Gil, não pode ser levada em consideração o crime cometido, e que não seria justo com Gil que nunca foi preso, tinha um emprego fixo e estudava, que ele seja encaminhado para o sistema penitenciário, somente para garantir a integridade física.
“Excelência, considerando que o acusado é réu primário, tem bons antecedentes, trabalha e estuda e eventuais alegações de comoção da sociedade, não justificam uma prisão preventiva”, diz trecho do pedido de revogação da prisão preventiva.
Contudo, a juíza plantonista diz que não é de sua competência analisar o pleito da defensoria pública, então acatará o pedido de prisão preventiva, e acrescenta que o mérito da decretação da prisão deve ser apreciado pelo juiz natural que expediu o mandado de prisão preventiva, e que naquele momento analisaria somente a legalidade do cumprimento de mandado.
“Com relação ao pedido do Ministério Público, este juízo defere (inaudível), e havendo risco em relação com a segurança do custodiado, então determina que sejam adotados os procedimentos pela Seap para garantir a integridade física do preso”.
Gil é pai de dois filhos, um de 12 anos que mora com ele e uma menina de 15 anos que mora com a mãe. Ele foi preso após matar a amante de 18 anos que estava grávida dele para não assumir a paternidade do bebê.
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