O Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CREMAM) confirmou a abertura de um procedimento para apurar as circunstâncias da morte do menino Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, ocorrida no Hospital Santa Júlia, em Manaus, entre sábado (23) e domingo (24). A médica Juliana Brasil Santos é investigada.
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A decisão do CREMAM ocorreu após a divulgação pública das denúncias apresentadas pelos pais da criança, Bruno Freitas e sua esposa, Joyce Xavier, que atribuem o óbito a erro médico na administração de adrenalina. De acordo com o relato familiar, Benício foi levado ao hospital com tosse seca e suspeita de laringite, tendo sido submetido a um tratamento que incluía a aplicação de três doses de adrenalina intravenosa de 3 ml cada, com intervalos de 30 minutos.
Segundo a família, tanto a dosagem quanto a via de administração do medicamento seriam inadequadas para uma criança da idade e peso do paciente, culminando em uma série de complicações que levaram ao óbito. Além disso, o uso seria para inalação e não intravenosa.
Em comunicado oficial, o CREMAM informou que tomou conhecimento do caso por meio da imprensa e agiu imediatamente, encaminhando o caso ao Setor de Processos Éticos. O Conselho destacou que o procedimento correrá em sigilo, conforme estabelece o Código de Processo Ético-Profissional, e que não se manifestará sobre o caso até a conclusão dos trabalhos.
Paralelamente, o Hospital Santa Júlia emitiu nota informando que realizará uma análise técnica minuciosa de todas as etapas do atendimento, sob responsabilidade da Comissão de Óbito e Segurança do Paciente da instituição. A iniciativa tem como objetivo esclarecer os fatos e implementar as medidas cabíveis.


