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Anestesista é preso após se filmar cometendo estupros em pacientes e ainda armazenar pornografia infantil

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O anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrilo, de 32 anos, foi preso nesta segunda-feira (16), no Rio de Janeiro, suspeito de cometer estupro de vulnerável contra mulheres sedadas durante cirurgias. Ele se filmava cometendo os crimes e armazenava pornografia infantil.

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Segundo informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o médico atuava em hospitais públicos e privados. As investigações iniciaram em dezembro, a partir de compartilhamento de informações do Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal (PF), onde na época foi identificado uma intensa movimentação de arquivos pornográficos do colombiano.

Diante das suspeitas, foi autorizada a quebra de dados em compartimentos do celular do suspeito, onde foram encontrados, de fato, mais de 20 mil mídias de abusos infantis. Além deles, três arquivos, feitos pelo próprio médico, chamaram a atenção.

“Pelos metadados dos vídeos, certificamos a localização do suspeito no ato da gravação, identificando os hospitais e descobrindo os dias. Aí partimos para a tentativa de descobrir as mulheres ali sedadas. Com as listas de pacientes operados nos dias, fomos buscando características físicas e eliminado possibilidades até chegar às pacientes”, explicou o delegado titular da Dcav, Luiz Henrique Marques.

Os vídeos que Andres gravou foram mostrados às vítimas, que se reconheceram, mas não tinham ciência de que haviam sido estupradas. O caso é muito semelhante ao do também anestesista Giovanni Quintella Bezerra.

As vítimas eram fortemente sedadas e em um dos vídeos o médico introduziu o próprio pênis na boca da mulher, que estava desacordada por causa da cirurgia.

O médico foi preso na Barra da Tijuca, em casa, mediante um mandado de prisão provisório.

Além dos estupros, o suspeito praticou os crimes previstos nos artigos 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (aquisição/posse/armazenamento de pornografia infantojuvenil) e 240 (produção de pornografia infantojuvenil).

Para esses fatos, a Dcav instaurou um outro inquérito que foi remetido para a Vara Especializada em Crimes contra Criança e Adolescentes.

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