O desmatamento na Amazônia bateu um triste recorde no mês de outubro, com devastação de 877 quilômetros quadrados da floresta amazônica. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (12), pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão que é ligado ao Ministério de Ciência de Tecnologia.
Este é o maior número registrado desde 2016, que foi quando o Inpe começou a fazer ao alertas sobre os desmatamentos. Apesar do Inpe ser ligado ao Ministério, o governo ainda não divulgou os dados anuais.
O anúncio do recorde da devastação na Amazônia ocorreu durante a COP26, que está sendo realizada em Glasgow, na Escócia. Na conferência, o Brasil comprometeu-se a zerar as queimadas ilegais até 2028 e reduzir as emissões de metano.
Um levantamento feito por cerca de 200 pesquisadores mostrou que a floresta amazônica está se tornando incapaz de se regenerar, visto que o ritmo de desmatamento está se desenvolvendo cada vez mais rápido, dificultando a recuperação florestal.
Segundo os cálculos do Observatório do Clima, 46% dos gases estufa emitidos pelo Brasil são procedentes do desmatamento. “Enquanto o governo federal tenta vender o Brasil como potência verde na COP, a verdade é que o desmatamento em outubro bateu mais um recorde e vem sendo impulsionado pela política antiambiental do presidente, do Ministério do Meio Ambiente, com apoio de parte do Congresso”, diz Rômulo Batista, porta-voz da campanha Amazônia do Greenpeace.