A Petrobras admitiu que o Brasil pode sofrer com escassez de diesel e gasolina no mês de novembro. A justificativa é que a demanda dos distribuidores por diesel aumentou 20% e por gasolina, 10% , em relação ao mesmo período de 2019.
Na última sexta-feira (15), a Associação de Combustíveis Brasilcom, que representa mais de 40 distribuidoras regionais, afirmou que tinha ocorrido uma série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para o fornecimento dos combustíveis. Ainda segundo a associação, o corte foi comunicado à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), porém, a Petrobras negou os cortes.
Quatro dias após negar, a empresa admitiu a possibilidade de desabastecimento e apesar do alerta, segundo a Petrobras, os contratos com as distribuidoras serão cumpridos de acordo com os termos, prazos vigentes e sua capacidade.
“A Petrobras segue atendendo os contratos com as distribuidoras, de acordo com os termos, prazos vigentes e sua capacidade. Além disso, a companhia está maximizando sua produção e entregas, operando com elevada utilização de suas refinarias”, afirma, em nota.
O imbróglio ocorre no momento em que caminhoneiros ameaçam nova greve a partir de 1º de novembro, por causa do aumento do diesel, entre outras reivindicações.
No ano, a Petrobras já elevou o preço do diesel em 50% em suas refinarias. Nas bombas, a alta acumulada é de 30%. Já a gasolina acumula alta de cerca de 51%.