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Hapvida corre risco de perder contratos milionários com a prefeitura e governo por conta do péssimo atendimento

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Hapvida corre risco de perder contratos milionários com a prefeitura e governo por conta do péssimo atendimento

O Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus estudam e cogitam romper os contratos com a Hapvida devido às constantes denúncias e ao atendimento precário oferecido pela rede de saúde na capital amazonense. Apesar dos recursos públicos destinados para o funcionamento, a qualidade dos serviços está longe do esperado, com relatos frequentes de superlotação, demora no atendimento, falta de médicos e estrutura inadequada, além de casos graves de negligência médica que já resultaram em mortes.

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Somente a Prefeitura de Manaus contratou a Hapvida para gerenciar o plano de saúde de cerca de 28 mil servidores municipais, com um contrato firmado em 2024 no valor de R$ 108,4 milhões, renovado para o ano de 2025. O Governo do Amazonas tem contratos ativos com a Hapvida para assistência médica de servidores estaduais, incluindo um contrato com a Secretaria de Educação (Seduc) e outro com a Amazonprev.

A precariedade do serviço é evidenciada em múltiplas denúncias. Em julho de 2025, profissionais do Hospital Hapvida localizado na Universidade Nilton Lins denunciaram que receberam alimentação imprópria, com vídeos mostrando até uma larva na comida servida aos funcionários.

Em fevereiro de 2024, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) instaurou inquérito civil para investigar o Hospital Pediátrico Rio Solimões, por atuar sem licença sanitária, além de relatos de ambientes insalubres, água parada, falta de acessibilidade, aranhas e sangue espalhados nas dependências.

Casos ainda mais graves envolvem a negligência médica. Em fevereiro de 2025, o MP-AM apurou a morte de um bebê no Hospital e Maternidade Rio Amazonas, unidade da Hapvida, devido a falhas no atendimento inicial. Famílias já denunciaram mortes por omissão e descaso em diferentes unidades da rede, como o caso de Pâmela Mikaele da Silva, que faleceu após não receber cirurgia necessária a tempo, e de Arthur Areias, criança que morreu durante procedimento cirúrgico em 2019.

Além disso, denúncias recentes relatam superlotação, recepção em péssimas condições e falta de ar condicionado no Hospital Rio Negro, também vinculado à Hapvida, e caos na unidade do Hospital Nilton Lins, onde pacientes enfrentaram longas filas, queda do sistema e falta de médicos para atendimento, segundo vídeos viralizados nas redes sociais.

Esse quadro alarmante ocorre enquanto a Hapvida recebe milhões em contratos públicos, gerando inquietação entre servidores e usuários do sistema. Críticas apontam que, apesar da forte injeção financeira, a rede não oferece um serviço à altura, colocando em risco a saúde e a vida dos pacientes que dependem do atendimento.

A redação tentou contato com a assessoria, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

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