A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Roraima realizou a apreensão de 103 kg de ouro, na segunda-feira (4), em Boa Vista, capital do estado. Ao todo, os tabletes foram estimados em mais de R$ 60 milhões e foram encontrados em uma camionete dirigida por um homem de 30 anos. O motorista foi identificado como Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, foi preso em flagrante.
A operação resultou na maior apreensão da história feita pela corporação no estado. Até então, a maior apreensão havia sido de 21 kg no ano passado, quando duas pessoas foram presas, em junho, portando 33 barras de metal precioso.
Na rodovia 401, na altura da rodovia dos Macuxis, a PRF abordou um veículo modelo Hilux e, além de irregularidades com a documentação, notou que o painel eletrônico apresentava detalhes que chamaram a atenção da equipe.
Ao desmontar o painel, uma série de barras foram encontradas e encaminhadas para a Superintendência da Polícia Federal. Em uma das barras estava escrito “Amazônia”, como possível indicativo da origem do minério. O ouro ainda vai passar por um processo de perícia para que sua pureza e demais características sejam avaliadas e para que o valor exato seja confirmado.
“É uma apreensão expressiva. Não é do dia pra noite que se consegue uma quantia dessa no garimpo. Todo o trabalho de garimpagem, retirar o ouro, separá-lo com o mercúrio e depois fazer o derretimento requer muita mão de obra. O risco é grande e esperamos desincentivar a prática, não vale a pena”, relatou o policial federal rodoviário Jailson Oliveira da Silva.
Desde o primeiro semestre do ano passado, a PRF atua no âmbito da desintrusão da Terra Indígena Yanomami como um dos órgãos de segurança pública que integra a Casa de Governo da Presidência da República de Roraima. Atualmente, a Terra Indígena passa por um processo por estrangulamento da logística do garimpo por meio de investigações, fiscalizações e operações dentro e fora do território para inviabilizar economicamente a prática extrativista ilegal.
Desde que a atual gestão assumiu o governo federal, mais de 412 milhões em prejuízos à atividade foram contabilizados pela Casa de Governo em mais de 6 mil operações. Dados mais recentes apontam que, desde a criação do mecanismo multidisciplinar, em fevereiro do ano passado, a atuação coordenada das forças públicas resultou em uma redução de 98% das áreas da atividade na TIY.
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