Um protesto tomou conta da frente do Fórum Ministro Henoch Reis, na Zona Sul de Manaus, na manhã desta quarta-feira (17). O movimento, organizado por mães de crianças autistas, surgiu como resposta às declarações preconceituosas de uma funcionária da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), da Prefeitura de Manaus. A servidora Maristela Assan Lima da Costa teria se referido às crianças como “doidos” e afirmado que as mães haviam “aberto um hospício”.
As manifestantes buscaram alertar autoridades e sociedade sobre o preconceito e a discriminação enfrentados por pessoas com autismo. As participantes afirmaram que não se calarão diante da situação e exigem punição imediata à servidora, cujo comportamento classificaram como uma afronta à dignidade de seus filhos.
O grupo possui um áudio, atribuído à servidora, onde ela destila preconceito aos autistas e desqualifica o trabalho de instituições especializadas. “Ao invés dela abrir um instituto, ela abriu foi um hospício […] crianças doidas ali. Hoje em dia não pode falar nada, tudo é autista!”, diz trecho de uma das gravações.
As mães reforçaram que não aceitarão mais qualquer forma de desrespeito e cobram da Prefeitura de Manaus e do Poder Judiciário uma postura firme em defesa das famílias e das pessoas com deficiência.