“Se fosse um carro baixo, teria todos entrado no ouvido na direção do motorista ou do passageiro. Como eu falei, se tivesse mais pessoas dentro do carro, a tragédia teria sido bem maior”. A frase é do dono da Pizzaria Faraó, o empresário Fabrício Valle, alvo de 20 tiros disparados pelo proprietário do Royal Motel, Fabrício da Silva Nunes.
Em entrevista nesta terça-feira a uma emissora de TV, ele disse que não sabe o motivo dos tiros, apesar de estar com a advogada Kellen Clyssia, no atentado que sofreu na sexta-feira (21), na entrada de um condomínio no bairro Flores, em Manaus.
Para a polícia, o crime foi motivado por ciúmes, já que a advogada é ex do atirador e tem um filho com ele. Ate agora Fabrício da Silva Nunes segue foragido.
“Então, quando a gente começou a conversar a respeito disso, que eu perguntei sobre o antigo relacionamento, ela falou que não tinha mais nada com ele há dois anos e um mês e que ele não tinha esses comportamentos, que inclusive ela já tinha se relacionado com outras pessoas nesse período e ele nunca tinha feito nada disso, né? Então fica uma interrogação ao saber por que o motivo disso ter acontecido”, questionou.
A polícia apura o caso e tenta prender o suspeito. “Pelo que foi levantado a partir dos depoimentos que foram prestados pelas vítimas, não existe nenhuma outra linha de investigação que aponte para outro tipo de motivação. A gente, com base nos depoimentos que foram colhidos em relação ao Fabrício Valle, ele alega que não tem contato qualquer com esse suspeito e em relação a outra vítima, a Kellen, ela teria ali relatado que teria um relacionamento com ele, que já havia terminado esse relacionamento há cerca de dois anos”, disse o titular do 1° DIP, Cícero Túlio.