A jovem Kailane do Nascimento Araújo, agredida pelo capitão Dilson Castro Pereira, na madrugada de domingo (27), deu sua versão sobre o fato. Segundo ela, o policial estava “desequilibrado” durante uma ocorrência de tráfico de drogas em Manaus.
Kailane registrou um Boletim de Ocorrência (BO) por lesão corporal dolosa. Ela levou um empurrão em via pública e sofreu algumas escoriações. A jovem publicou um vídeo e informou que estava no local para buscar uma encomenda e que não sabia da operação policial.
“Eu e minha prima estávamos indo lá apenas buscar uma encomenda e, em nenhum momento, sabíamos o que estava acontecendo. Só soubemos quando vimos dois policiais correndo na rua e fomos ver o que era. Quando chegamos, percebemos que se tratava de uma ocorrência de tráfico de drogas em uma casa, mas isso não tinha nada a ver conosco”, informou ela.
Mesmo não sendo uma suspeita, a jovem diz que ela e outras pessoas foram abordadas de forma truculenta e que o tenente chegou a chamá-la de “noiada”. “O que você tem é câmera de tráfico e vai embora daqui, sua noiada”, teria dito ele.
Kailane afirma ainda que não é usuária de drogas e quer que o policial comprove o que fale. Segundo ela, até os próprios colegas de farda tiveram que acalmar o policial não concordando com seu comportamento.
A Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) da PMAM informou que já está em processo de investigação do caso.