O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Amazonas (MPAM), convocou uma entrevista coletiva para esta sexta-feira (3) a fim de prestar esclarecimentos sobre os desdobramentos de uma operação que desmantelou uma quadrilha que atuava no interior da Câmara Municipal de Manaus (CMM). O alvo é o vereador Rosinaldo Bual (Agir).
De acordo com os primeiros levantamentos, o vereador foi detido sob a acusação de vínculos com o narcotráfico e de participar de um esquema de “rachadinha”. Os procedimentos judiciais também foram executados em seu gabinete parlamentar, resultando na condução de dois de seus assessores para prestar depoimentos.
A iniciativa, conduzida pelo GAECO em conjunto com outras corporações policiais, cumpriu mais de dez ordens judiciais de prisão e de busca e apreensão. O objetivo central da investida era desarticular por completo a rede criminosa. Indícios apontam para a participação de agentes públicos, políticos e, potencialmente, representantes do setor empresarial.
O termo “rachadinha” se refere a um desvio de recursos no qual funcionários são coagidos a devolver parte de seus vencimentos aos seus superiores, situação que, supostamente, envolvia o parlamentar.
Por meio de nota, a CMM se manifestou sobre o caso:
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) informa que o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), esteve na Casa Legislativa na manhã desta sexta-feira, 3 de outubro, para a realização de diligências nas dependências de um gabinete parlamentar.
No âmbito de suas atribuições, a CMM reitera seu compromisso com a transparência, a legalidade e a colaboração com os órgãos de controle e fiscalização.
A CMM seguirá à disposição das autoridades competentes.


