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Tristeza: Um ano após celebrar casamento, padre realiza velório e sepultamento de casal morto soterrado em Petrópolis

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O casal tinha planos de ter filhos, mas tudo foi interrompido pela tragédia que atingiu a cidade serrana. Eles morreram soterrados.

Mais uma triste história envolvendo a tragédia vivida pela população de Petrópolis (RJ) depois que uma forte tempestade atingiu a cidade na última semana. Um padre que celebrou a missa de despedida no velório e sepultamento de um casal, há um ano havia celebrado o casamento deles. O casal, Sara Walsh, de 32 anos, e Bernardo Albuquerque, haviam se casado em dezembro de 2020 e tinham planos de ter filhos.

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De acordo com o padre Alan Rodrigues, ambos eram frequentadores da igreja e colaboradores nos projetos sociais desenvolvidos pela paróquia. O padre realizou o velório e sepultamento do casal, que morreu soterrado na tragédia no Morro da Oficina na terça-feira da semana passada.

“Nós sempre fomos muito próximos, eles eram como filhos para mim, além de amigos. Ela inclusive havia me chamado para ser padrinho de crisma dela, mas infelizmente eu não pude por que tive compromissos na data. A cerimônia foi linda, pelas fotos você vê a felicidade. Agora eles estavam planejando ter filhos, era um casal muito maduro e preparado. Não vou ter mais a companhia, a brincadeira, pois eles eram muito bem humorados”, lembrou o padre.

Ainda segundo o padre, desde o momento que soube da tragédia, ficou atento para saber notícias do que havia ocorrido na região, já que atualmente ele toma conta de outra paróquia, longe do local da tragédia. Pouco tempo depois, recebeu a notícia de que havia ocorrido um deslizamento no Morro da Oficina. Rapidamente ele tentou entrar em contato com a família de Sara e Bernardo. Depois de aguardar, veio a notícia que mais temia.

“Eles estavam morando no Morro da Oficina, a casa deles não sobrou nada. Assim que as notícias começaram a circular em grupos de whatsapp, eu logo perguntei para a familia. Aí a familia comunicou que eles estavam soterrados e infelizmente a gente já sabia”, lamentou.

As buscas na localidade e em outras regiões entraram no sétimo dia.

Sobrevivente

Essa não foi a primeira vez que Padre Alan vivencia uma tragédia causada pela chuva. Em 2011, ele comandava uma paróquia em Teresópolis, quando um forte temporal arrasou a cidade, deixando 382 mortos.

“Eu me considero um sobrevivente de Teresópolis. Em 2011, a minha paróquia, Sagrado Coração de Jesus, na Barra do Embuí. Em frente ficava o Morro do Espanhol, que também teve muita morte, foi uma coisa catastrófica. Na verdade, eu estou revivendo essas cenas todas”, lembrou Padre Alan, que agora oferece conforto e uma palavra para aqueles que sofreram perdas na tragédia, mas que a seu modo vive o luto também. 

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