Uma jovem, 25, denunciou ter sido abusada por seus homens, entre eles o subtenente Irineu Marques Dias, 44, após uma festa no sábado (9), em Águas Lindas de Goiás. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) investiga a participação do subtenente no estupro coletivo.
Irineu é subtenente do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) e foi preso após o crime. Outros dois suspeitos também estão detidos: Thiago de Castro Muniz, de 36 anos, e Daniel Marques Dias, de 37 anos.
O trio passou por audiência de custódia neste domingo (10). A Justiça goiana decidiu manter a prisão dos suspeitos.
Em nota, a PMDF informou que aguarda conclusão do inquérito e que vai tomar as “medidas pertinentes”.
“De qualquer forma, a corporação não compactua com quaisquer desvios de conduta, menos ainda com ações que configurem crimes”, diz a PMDF.
Em depoimento à polícia, a vítima contou que estava em uma festa que começou na noite de sexta-feira (8) e duraria até domingo (11). Segundo a jovem, ao amanhecer de sábado, foi convidada por duas mulheres para dormir em um quarto.
No entanto, depois de um tempo, as duas saíram e a deixaram sozinha. Conforme a vítima, um homem entrou no quarto e começou a tirar a roupa.
Ela disse que, depois de mostrar que estava armado, o homem a estuprou. A jovem contou ainda que, após a agressão, o suspeito deixou a arma dentro de um guarda-roupa, como forma de ameaça, e saiu do quarto.
Foi quando outros homens passaram a se revezar para estuprá-la. A vítima disse que, durante todo o tempo, gritou por socorro, mas não foi atendida.
Depois dos abusos ela conseguiu fugir, inclusive usando a camiseta do subtenente, e acionou a polícia. A jovem recebeu os primeiros socorros e foi levada à delegacia da região.
Os seis suspeitos foram presos por militares goianos, mas a vítima reconheceu três deles. A arma usada no crime seria de Irineu.
Na audiência de custódia, o juiz de Goiás Rodrigo Victor Foureaux Soares negou a liberação dos suspeitos. O magistrado disse que considerou o relato da vítima “assustador”.
Soares decretou a prisão preventiva dos três homens “em razão do risco à ordem pública e por conveniência da instrução criminal”.
“Mesmo porque, em razão da grande repercussão social gerada pelo crime de estupro coletivo, é necessária uma atuação rígida do Estado, no sentido de desestimular a prática de qualquer crime”, disse o juiz.