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Síndicos na Ponta Negra são denunciados por extorsão: ‘me arruma R$ 100 mil em espécie’

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Mesmo com toda a documentação em dia, taxas de iluminação e IPTU pagos e tudo legalizado, uma denúncia envolvendo um terreno na avenida Equador, na Ponta Negra, zona Oeste de Manaus, virou caso de polícia por parte da síndica e subsíndica do Residencial Ponta Negra I. A síndica também usa o marido contra a vítima.

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O Estadodoamazonas.com teve acesso a mensagem via print de WhatsApp enviado pelo marido de Solange Belfort, síndica do prédio. A mensagem foi enviada para a vítima por João Bosco Soares, que pede R$ 100 mil para desistir da ideia de instalar a estação de esgoto do prédio no terreno da vítima e parar de importunar a vida do proprietário do terreno.

Foto: Reprodução

O caso, que está na Justiça do Amazonas, fica ainda pior. Além da extorsão, o dono do terreno levantou um muro para proteger seu patrimônio e viu os administradores do condomínio derrubarem os tijolos.

A subsíndica, Sônia Lofiego, que é investigadora da Polícia Civil, usou viatura pública do Batalhão Ambiental para bloquear o local, enquanto o muro era derrubado com um trator, mesmo sem ordem judicial para a ação ilegal. Ela já havia levado um trator há duas semanas, quando começou a derrubar o muro. Neste fim de semana, mandou os funionários terminar de derrubar os tijolos.

“Aguente as consequências, pois a Solange e a Sônia vão fazer um inferno na sua vida”, diz trecho da mensagem enviado à vítima. “Me consiga R$ 100 mil em espécie e você não terá nenhuma transtorno no condomínio”.

O terreno é propriedade da família há pelo menos 30 anos. A vítima vai processar os envolvidos por danos materiais e danos morais. Na esfera criminal, abrirá uma ação por crime de dano qualificado e crime de esbulho possessório.

MORADORES RECLAMAM DO EXCESSO DE MULTAS

Nossa equipe de reportagem teve acesso também a depoimentos de moradores dentro do Residencial Ponta Negra, onde há vários relatos de excesso de multas aplicadas por Solange Belfort. Multas que vão de R$ 2 mil a R$ 4 mil por obras feitas dentro dos imóveis, mesmo com apresentação de documentos e autorizações da Prefeitura, seguindo os padrões e regras da Lei.

Solange estaria exagerando na canetada para turbirnar o caixa do condomínio. Se for denunciada ao Ministério Público, ela pode responder a processo, perder o cargo que ocupa e ainda ser presa.

Nossa reportagem tentou contato com a defesa do condomínio, mas até o momento da publicação da matéria não obteve resposta. O espaço segue aberto.

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