Um dos alvos dos mandados de prisão durante a Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (19), foi o tenente-coronel do Exército Brasileiro, Hélio Ferreira Lima, que já atuou como comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus, uma unidade considerada elite do Exército na Amazônia.
PF prende militares, incluindo do Amazonas, suspeitos de planejar matar Lula e Alckmin e dar golpe
Hélio Ferreira Lima atuou no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro e depois foi encaminhado para Manaus onde ficou no cargo até dezembro de 2023. Em fevereiro deste ano, ele foi exonerado quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis da PF, que já investigava a organização criminosa responsável por atuar em tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
Além do tenente-coronel, foram presos o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o major Rodrigo Bezerra Azevedo, o major Rafael Martins de Oliveira, e o policial federal Waldimir Matos Soares. Todos, com exceção do PF, são ligados às forças especiais, os chamados “kids pretos”.
Como parte do treinamento, os militares kids pretos aprendem a atuar em missões com alto grau de risco e sigilo, como em operações de guerra irregular — terrorismo, guerrilha, insurreição, movimentos de resistência, insurgência. Além disso, são preparados para situações que envolvam sabotagem, operações de inteligência, planejamento de fugas e evasões.
Os policiais e militares podem responder, à princípio, por crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Segundo a PF, eles planejavam matar o presidente Lula, o seu vice, Geraldo Alckmin, e ainda o ministro Alexandre de Moraes.