O réu Paulo Cupertino Matias, de 50 anos, foi preso nesta segunda (15), em São Paulo, quase três anos depois de assassinar o ator Rafael Miguel e os pais dele. O crime aconteceu no dia 9 de junho de 2019. Paulo não aceitava o relacionamento da filha de 18 anos com o rapaz, que tinha 22 anos na época.
Durante todo esse tempo, segundo o Instituto São Paulo Contra a Violência, o homem foi visto em cerca de 25 cidades paulistas, oito municípios de sete outros estados e até em uma cidade argentina. Ele cortou os cabelos e pintou, além de ter deixado a barba crescer.
Segundo o delegado da 6ª seccional, a equipe de policiais recebeu uma informação de que Cupertino estaria na capital paulista, foram checar e encontraram o procurado.
Incluído na Difusão Vermelha da Interpol, Cupertino era o primeiro nome da lista dos criminosos mais perigosos e procurados de São Paulo.
De acordo com as investigações do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, Cupertino contou com a ajuda direta de pelo menos quatro amigos, que são investigados pela suspeita de esconderem o criminoso.
Dois desses amigos do empresário se tornaram réus na Justiça por supostamente ajudarem o fugitivo. Eles respondem em liberdade pelo crime de favorecimento pessoal. São eles: Eduardo Jose Machado, o “Eduardo da Pizzaria”, dono de uma pizzaria na Zona Sul de São Paulo; e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora, que mora em Sorocaba, no interior paulista.
De acordo com o Ministério Público (MP), o empresário assassinou a família porque não aceitava o namoro de Isabela Tibcherani, a sua filha de 18 anos à época, com o artista. Vídeos gravados por câmeras de segurança mostram o momento em que ele atira 13 vezes em Rafael, que tinha 22 anos, e nos pais do ator: João Alcisio Miguel, de 52, e a mãe Miriam Selma Miguel, 50.
Após o crime, ele fugiu e abandonou a família. Cupertino é acusado de triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Ele nunca constituiu um advogado para defendê-lo.