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Racismo: Adolescente negro é acusado de furto de relógio em loja de shopping

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O pai do jovem chamou a polícia e p caso foi registrado como preconceito de raça ou cor.

Mais um caso de racismo dentro de shopping é registrado aqui no Brasil. Desta vez, um adolescente de 15 anos foi acusado uma funcionária da loja Centauro, localizada no Shopping Center Norte (SP), de furtar um relógio da loja. O jovem estava acompanhado do pai e os dois tinham acabado de sair da loja quando um funcionário foi atrás deles e insistiu para revistar a sacola deles.

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O pai do adolescente, o motorista José Luís dos Santos, de 51 anos, se negou a mostrar a sacola e em seguida, chamou a polícia. Segundo ele, os dois (pai e filho) eram os únicos negros dentro da loja e já tinham percebido olhares dos vendedores enquanto circulavam no local.

Ainda de acordo com o motorista, ele e o filho tinham ido ao shopping comprar roupas. Entre as lojas visitas, estava a Centauro. Lá eles foram até o balcão de relógios, ocasião em que perceberam os olhares dos vendedores.

“Ficamos conversando sobre os relógios e vi duas vendedoras na bancada, quando as olhei, elas baixaram o olhar. Eu já nem vou a shopping que não é do meu bico, do meu nível, para não ficar com perseguição. Dali a pouco vi outro vendedor me olhando. Falei para o meu filho: ‘Vamos embora, já deu’”, disse José.

Ao saírem da loja, os dois foram abordados por um segurança e outro funcionário da loja. “Perguntei do que se tratava, ele perguntou se era meu filho e que ele estava na mesa e, quando saiu, um relógio tinha sumido. Insistiu para olhar a sacola. Eu disse que infelizmente ele não poderia verificar a sacola e teria de chamar a polícia, porque se houve um roubo, tem de chamar a polícia. Ele viu que não ia dar nada e voltou para a loja”, relembrou.

Neto afirma que se sentiu exposto e constrangido com a situação, já que as pessoas que andavam pelo shopping começaram a olhar para ele e o filho. O caso foi registrado no 9º DP – Carandiru como crime resultante de preconceito de raça ou de cor.

Em nota, a Centauro informou que “está apurando os fatos com prioridade e com a profundidade que o caso exige. A abordagem relatada não é prática da companhia e nem reflete o posicionamento e os valores da Centauro, uma empresa que não tolera atos de injustiça ou de discriminação e preconceito”.

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