A megaoperação policial em andamento no Rio de Janeiro, já classificada como a mais violenta da história recente do Brasil, continua a revelar novas vítimas fatais. De acordo com forças de segurança do Amazonas, quatro são amazonenses e estão entre os mortos nos confrontos.
Os indivíduos identificados até o momento são conhecidos como Cleideson Silva da Cunha, o Neném (também chamado Lourinho), Gringo (ou Suíça), Dimas, Macaco e Ale. Eles perderam a vida durante os embates intensos entre agentes de segurança e membros de organizações criminosas nos complexos da Penha e do Alemão, locais que se transformaram em cenários de conflito armado nos últimos dias.
Iniciada na terça-feira (28), a ação já registra mais de 120 óbitos, segundo relatos de residentes e fontes comunitárias. A discrepância entre os números oficiais e os testemunhos originários das comunidades acentua o ambiente de desinformação que predomina na área.
Na madrugada desta quarta-feira (29), moradores transportaram dezenas de corpos até a Praça São Lucas, na Penha, em uma iniciativa para permitir a identificação dos falecidos. A cena, caracterizada como “bélica”, causa impacto mesmo entre observadores habituados a coberturas de operações policiais no estado.
Enquanto familiares procuram por informações, as autoridades buscam organizar o cenário de caos e o país testemunha mais um capítulo trágico de um conflito urbano sem perspectiva de solução.
