A Câmara Municipal de Manaus (CMM) foi palco de um protesto de professores da rede municipal, na manhã de quarta-feira (24), após o prefeito David Almeida (Avante) colocar em pauta um projeto de lei da Reforma da Manausprev. No PL, é imposto novas regras para a aposentadoria, incluindo o aumento da idade mínima, o que prejudicaria a categoria.
A categoria manifesta-se pelo arquivamento da proposta e, além da paralisação, aprovou um indicativo de greve. A reforma, que impacta cerca de 35 mil servidores, eleva a idade para aposentadoria: homens aos 65 anos e mulheres aos 62, com tempo de contribuição de 25 anos, incluindo 10 anos no serviço público e 5 no cargo atual. As novas regras valem para quem ingressou após 31 de dezembro de 2003.
Para professores, a idade mínima proposta é de 60 anos para homens e 57 para mulheres, um aumento significativo em relação às regras atuais, que permitem aposentadoria com 55 anos (homens) e 50 anos (mulheres) após 25 anos de contribuição.
Os professores contestam a justificativa da Prefeitura sobre um déficit nas contas. A reforma também altera o cálculo dos proventos, podendo causar redução de até 30% no valor, e extingue a integralidade para novos servidores. A categoria argumenta que a medida desconsidera o desgaste físico e emocional da profissão, representa um retrocesso de direitos e critica a falta de diálogo do governo municipal.


