Em protesto carregado de simbolismo, educadores da rede municipal de ensino realizaram um ato público em frente à Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta quarta-feira (13). Com caixões de papelão e faixas de protesto, a categoria manifesta repúdio ao projeto de Reforma da Previdência dos servidores públicos, aprovado em primeiro turno pelos vereadores na semana passada e chamada de “PL da Morte”.
A paralisação, convocada pela Aspron Sindical, cumpre o prazo legal de 72 horas e tem caráter indeterminado. De acordo com a professora Elma Sampaio, representante do sindicato, a greve é uma resposta ao que classificam como “ataque direto” aos direitos dos servidores.
“Este movimento busca sensibilizar o prefeito David Almeida e os vereadores para que impeçam a votação em segundo turno do PL 0825, que batizamos de ‘PL da Morte’ por seu impacto devastador na nossa aposentadoria”, declarou Sampaio.
A sindicalista enfatizou que a responsabilidade pela paralisação recai sobre o chefe do executivo municipal.
Adesão da comunidade
O movimento recebeu apoio significativo de familiares de alunos, que reclamam que os filhos, os alunos, também serão afetados pela medida, se prejudicando sem aulas.
A proposta altera as regras de aposentadoria para servidores admitidos após 31 de dezembro de 2003. A idade mínima passaria de 60 para 65 anos (homens) e de 55 para 62 anos (mulheres). O texto exige 25 anos de contribuição, dez de serviço público e cinco no cargo atual. Professores teriam regimes específicos: 30 anos de trabalho para homens e 25 para mulheres.


