A Prefeitura de Manaus atua, desde as primeiras horas deste sábado, 19/2, no bairro Petrópolis, zona Sul, para intervir em uma ocorrência de deslizamento de barranco recebida pela Central 199 da Defesa Civil. O número de famílias afetadas pela chuva do dia anterior no local motivou a ativação do Comitê de Gestão de Crises do município.
Representantes de seis órgãos municipais se reuniram no Centro de Cooperação da Cidade (CCC) para discutir a melhor forma de solucionar a ocorrência do beco Nossa Senhora das Graças, que atingiu dez casas, deixando, pelo menos, 15 famílias em situação de risco, o que motivou a Defesa Civil a orientar a saída das residências e o acolhimento desses moradores no programa social “Auxílio Aluguel”, da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).
De acordo com o superintendente do CCC, Sandro Diz, esse comitê surgiu de uma determinação do prefeito David Almeida em buscar soluções rápidas para a população. “Sempre que houver na cidade uma situação de crise que afete a rotina da população, tirando a cidade da normalidade, esse comitê irá se reunir. O objetivo é juntar todos os órgãos envolvidos da ocorrência e, juntos, definirmos qual a melhor solução, tirando a burocracia do serviço que, em momento de crise, é tudo que o cidadão não precisa”, enfatizou Diz.
A força-tarefa da Defesa Civil, neste sábado, foi além da notificação. Os agentes se uniram para ajudar as famílias que precisam sair das suas casas, e retiraram os pertences, salvando não apenas as suas vidas por meio da prevenção, mas possibilitando que eles pudessem manter a sua dignidade, com seus objetos. Segundo o secretário-executivo da Defesa Civil de Manaus, coronel Fernando Júnior, a parceria é fundamental para a execução desse serviço.
“Por conta dos índices pluviométricos excessivos para a nossa região, que ainda está no inverno amazônico, nós tivemos essa situação de deslizamento de barranco que atingiu quase dez casas. A Defesa Civil está, desde o início do registro da ocorrência, acompanhando a situação junto com a Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura) e a Semasc, que são fundamentais, porque não adianta nós condenarmos uma residência e pedirmos que a família se retire, se a Semasc não estiver ao nosso lado dando o apoio social e inserindo essa família desabrigada em um programa que permita dormir em um teto seguro, assim como a Seminf é essencial para que a residência seja demolida e, assim, a família não retorne para um ambiente sem segurança”, explicou Fernando Júnior.
As demolições começarão ainda neste sábado, assim como a poda da copa das árvores que estão nos barrancos. O objetivo é reduzir o peso e a pressão que o barranco recebe, para que ele não ceda ainda mais com as próximas chuvas, preservando a vida dos moradores do entorno.