Sidney da Silva Augustieres Júnior, conhecido como “Buiu”, foi condenado a 42 anos de prisão pelo feminicídio de sua esposa, Daniela Ferreira da Silva, ocorrido em abril de 2024, em Manaus. O julgamento foi realizado na 1.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, no Fórum Ministro Henoch Reis, na última sexta-feira (22). A sentença levou em consideração as qualificadoras de motivo fútil, feminicídio e por o crime ter sido cometido na presença da filha da vítima, de apenas 1 ano.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), o crime aconteceu durante uma festa de vizinhos, quando o réu discutiu com Daniela por ciúmes. Armado, Sidney disparou contra a companheira, que ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O homicídio foi presenciado por familiares, incluindo a filha pequena do casal. Após o crime, o acusado fugiu, mas foi preso em seguida e permaneceu detido até o julgamento.
No júri popular, Sidney optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório. A promotora de Justiça Clarissa Moraes Brito defendeu a condenação, enquanto a defesa tentou retirar as qualificadoras, mas os jurados acataram integralmente a denúncia do MP. O juiz Rafael Rodrigo da Silva Raposo presidiu a sessão, que resultou na expedição do mandado de prisão para o imediato cumprimento da pena.
O caso foi inicialmente investigado pelo Núcleo de Combate ao Feminicídio (NCF) da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Na época do crime, a delegada Marília Campello destacou a gravidade da ação e pediu a colaboração da população para localizar o acusado, que já havia fugido após os disparos. A condenação de Sidney reforça a posição da Justiça de que crimes de feminicídio não ficarão impunes no Amazonas.