A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) apreendeu nesta quinta-feira (18), mais provas que podem complicar ainda mais a situação da médica Juliana Brasil Santos, no processo da morte do menino Benício Xavier dentro da Santa Júlia.
Além do celular da médica, a polícia encontrou um carimbo de pediatra, mesmo sem ela ser pediatra.
Segundo o delegado do caso, Marcelo Martins, Juliana Brasil utilizava carimbo e assinaturas com referência à especialidade de pediatria, sem ser pediatra. “Nós realizamos um estudo a respeito da questão dela ter assinado a especialização pediatria no carimbo e ter assinado o nome dela com a expressão pediatria. Todas as regulamentações do Conselho Federal de Medicina indicam que o médico que não possui uma especialização não pode se identificar de nenhuma forma, com nenhuma referência a uma especialidade que ele não possui, e ela fez isso”, afirmou o delegado Marcelo Martins.
Juliana Brasil admitiu o erro, assim como admitiu que receitou adrenalina de forma errada para Benício. Ele e a técnica de enfermagem Raiza Bentes são investigadas pela morte e respondem ao inquérito em liberdade.
“Então, isso configura o crime de falsidade ideológica e o uso de documento falso. A investigação prossegue agora também com relação a esses dois crimes, além do homicídio doloso por dolo eventual”, disse o delegado.


