A categoria docente de Manaus aprovou, em assembleia realizada nesta terça-feira, a deflagração de greve geral em resposta ao Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 08/2025, enviado pelo prefeito David Almeida (Avante) e apelidado de “PL da Morte” pelos educadores. A proposta, que altera regras da Previdência Municipal, foi aprovada em primeira discussão pela Câmara Municipal na última semana.
A decisão sobre a data de início da paralisação será tomada em nova assembleia marcada para quinta-feira (12), quando a Asprom Sindical formalizará a instalação do movimento paredista. O coordenador jurídico do sindicato, Lambert Melo, enfatizou que a voz dos profissionais em atividade será determinante no processo.
“Quem tem que dizer se está disposto a fazer greve é o professor que está no chão da escola, que vive as pressões diárias da profissão”, declarou Melo, ressaltando que a assembleia foi conduzida para ouvir cada professor e pedagogo da rede municipal.
O PLC 08/2025 propõe aumento da idade mínima e do tempo de contribuição para aposentadoria, além de outras adequações às regras gerais da Previdência. O projeto foi aprovado em primeira votação por 30 votos a 10, embora a lista nominal dos vereadores favoráveis não tenha sido divulgada publicamente. Entre os que votaram contra estão Rodrigo Guedes, Ivo Neto, Amauri Gomes, Thayza Lipe, Raiff Matos, Sargento Salazar, Coronel Rosses, Capitão Carpê e Zé Ricardo.
A Prefeitura de Manaus defende a reforma como necessária para “evitar desequilíbrio financeiro no sistema previdenciário municipal”, argumentando que a atualização das normas garantiria a sustentabilidade do pagamento de benefícios no longo prazo.


