Solto, sem tornozeleira e sem que nenhum juiz aceite julgá-lo. Essa é a situação privilegiada de Alejandro Valeiko, enteado de Arthur Neto e filho da ex-primeira dama Elizabeth Valeiko. O juiz George Hamilton Lins Barroso, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus, é o quinto que se declara suspeito e passa a bola no caso da morte do engenheiro Flávio Rodrigues.
“A imparcialidade do juiz é o mandamento básico do processo. O exercício da jurisdição de forma descomprometida, com a devida isenção em suas decisões, no sentido de propiciar um julgamento honesto, justo, aceitável e alheio a paixões”, afirma o juiz.
George afirma que visa apenas “preservar a imparcialidade do órgão julgador, a fim de que ele possa apreciar a demanda e realizar decisões com a equidistância necessária para aplicar o direito ao caso concreto”.
Anésio Pinheiro, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, a juíza Ana Paula de Medeiros Braga, também da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Eline Paixão e Silva Gurgel do Amaral Pinto e Adonaid de Souza Tavares foram os outros que de declararam suspeitos também.
Alejandro foi visto no último fim de semana jantando no Amazonas Shopping. Sem tornozeleira, ele cumpre prisão domiciliar não viagiada. Elizeu da Paz e Mayc Parede seguem presos. Paola Valeiko, irmão de Alejandro, também responde ao processo por fraude processual.
O CASO
No dia 30 de setembro de 2019, na casa de Elizabeth Valeiko, Alejandro e os amigos faziam uma festinha regada a drogas e álcool, quando Flávio foi esfaqueado e teve o corpo retirado da casa de luxo na Ponta Negra. No dia seguinte o corpo dele foi encontrado no Tarumã.
Elizeu da Paz e Mayc Parede fizeram o transporte do corpo no Corolla da Prefeitura de Manaus. Mayc confessou ser o autor das facadas.
Mas enquanto a Justiça não caminha, o caso vai se arrastando e Alejandro se safando.