Camila Barroso da Silva, de 33 anos, já tem passagem pelo crime de tráfico de drogas e dizia ser ex-companheira do traficante Mano Kaio, líder do Comando Vermelho (CV), para ameaçar suas vítimas e conseguir manter seu controle. Segundo a Polícia Civil, ela contratou Geovana Costa Martins, de 20 anos, como babá para a filha, mas depois a aliciou para se prostituir e posteriormente servir como mula para o tráfico na Europa. A vítima foi encontrada morta no dia 20 deste mês.
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De acordo com a delegada Marília Campêlo, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (29), a mulher aliciou a jovem, assim como outras, oferecendo uma vida de luxo, de balada, mas inicialmente Geovanna foi para a casa dela como babá.
“Assim que ela passou a morar, ela (Camila) a obrigou a fazer programa sexual. Era uma casa de massagem de fachada e ela impedia a vítima de se relacionar com outras pessoas e sair da casa. Inclusive ela (Giovana) foi agredida anteriormente ao sair para se encontrar com o ex-namorado”, disse a delegada.
Geovana queria sair da casa de Camila, segundo a delegada, mas era ameaçada pela patroa que dizia para ela e todas as outras jovens que seu ex era do tráfico e que qualquer coisa chamaria os traficantes para “resolver”. No entanto, apenas ela estava morando com a mulher e as outras eram apenas agenciadas.
O carro usado para levar a jovem até o Tarumã, Zona Oeste de Manaus, onde foi encontrada morta, era também da patroa. Geovana foi agredida na casa da mulher e a polícia afirma que as fotos que foram feitas dela já espancada foram feitas no local e com todos os indícios e provas a prisão foi pedida.
A motivação para o crime, no entanto, ainda é investigado pela DEHS. Camila foi encaminhada para audiência de custódia nesta quinta-feira e continuou negando e alegando ser inocente.
O crime
Geovana desapareceu no dia 19 de agosto e o caso foi registrado na delegacia pela mãe e Camila. No dia 20, seu corpo foi encontrado no Tarumã, Zona Oeste, com sinais de espancamento e tortura, mas apenas no dia 25 foi reconhecido pela família.
A mãe da vítima recebeu fotos de Geovana, já desaparecida, com o rosto espancado, deitada numa cama, e aparentemente chorando.
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