A Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari deu mais detalhes nesta segunda-feira (19) sobre a prisão do padre Paulo Araújo da Silva, de 31 anos, que fez pelo menos quatro vítimas de estupro no município, no interior do Amazonas. Uma delas começou a ser abusada aos 14 anos e, aos 17 anos, engravidou e foi obrigada a abortar.
De acordo com o delegado José Barradas, Francisco Reyner Barros Batista, amigo do padre, foi o responsável por conseguir um remédio abortivo, misoprostol, para a vítima. O feto foi enterrado no quintal da casa dele. “O feto foi expelido e na casa do Rayner, no quintal, ele enterrou o feto, fato constatado tanto por fotos como depoimento da vítima”, assegurou o delegado.
Ainda de acordo com José Barradas, a menina sofria violência doméstica e psicológica, sendo forçada a ter as relações sexuais. No momento da prisão do religioso, ele estava na cama com uma garota que tinha acabado de completar 18 anos e que já era abusada anos antes.
No celular e notebook de Paulo Araújo, foram apreendidos quase 300 vídeos de sexo dele com adolescentes e também a quantia de R$ 30 mil. A polícia iniciou a investigação após uma denúncia informando que o padre cometia o crime e armazenava tudo.
O material e o padre foram encaminhados até a delegacia e as investigações continuam para saber se existem outros envolvidos e mais vítimas.
A Polícia Civil informou que a Igreja Católica colaborou nas investigações e a Diocese do município de Coari divulgou, ainda no domingo (18), um comunicado.
O chanceler da Diocese, Padre Josinaldo Plácido, afirmou que todas as providências canônicas foram tomadas, afastando o padre de suas funções e assegurando conformidade com as leis da Igreja.