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‘Não gravei ninguém, isso é mentira’, diz artista trans após ser impedida de entrar em banheiro na Live

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'Não gravei ninguém, isso é mentira', diz artista trans após ser impedida de entrar em banheiro na Live

A artista e ativista indígena Maria do Rio Negro Kaxinawa, mulher trans e figura conhecida no cenário artístico de Manaus, se pronunciou na tarde desta sexta-feira (4) por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais. Ela relatou ter sido vítima de transfobia e racismo dentro da academia Live Fitness, da avenida das Torres, na noite de quinta-feira (3), quando foi impedida por frequentadoras de utilizar o banheiro feminino.

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Artista visual trans é impedida de usar banheiro feminino em academia de Manaus e PM é chamada

No vídeo, Maria afirma que foi abordada de forma constrangedora por um funcionário da academia, que teria dito que mulheres estavam incomodadas com sua presença no banheiro e também com seu comportamento durante o treino. “Ele falou que eu estava dançando demais e que eu deveria me comportar. Mas dançar faz parte de mim, da minha ancestralidade, da minha forma indígena de ser”, declarou.

A ativista relatou ainda que, ao chamar a polícia para registrar a ocorrência, um dos seguranças chegou a empurrá-la na frente de uma agente, que teria aconselhado que ela deixasse o local por segurança. Maria também negou boatos que circularam após o episódio, como uma suposta gravação de mulheres no banheiro. “Isso é mentira. Estão tentando deslegitimar minha dor e minha história”, afirmou.

Conforme relatos de testemunhas, a confusão começou quando Maria tentou acessar o banheiro no primeiro andar da academia e foi impedida por um grupo de mulheres. Na sequência, houve troca de ofensas e uma adolescente a acusou de injúria racial, registrando um boletim de ocorrência. Maria também prestou queixa, alegando ter sido discriminada por sua identidade de gênero.

No vídeo, ela reforçou que continuará lutando por justiça. “O que aconteceu comigo acontece com muitas pessoas trans, indígenas e racializadas no Brasil. Eu não vou me calar, vou lutar com a força dos meus ancestrais para que essas pessoas sejam responsabilizadas”, declarou.

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