Em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na manhã desta quarta-feira (5), o governador do Amazonas, Wilson Lima, defendeu a Zona Franca de Manaus e sugeriu um fundo de desenvolvimento que compense possíveis perdas arrecadatórias no Estado. Para ele, perder a ZFM é como “tacar fogo” na Amazônia.
“Se o modelo Zona Franca começa a enfraquecer, é o início da queimada da floresta. Perder a Zona Franca de Manaus é começar a tacar fogo nela, por isso não abrimos mão desse modelo”, disse Wilson Lima.
O governador declarou ser favorável à reforma tributária para beneficiar os empreendedores, mas disse que o texto “causa preocupações”.
“A indústria hoje representa algo em torno de 30% do nosso PIB, em torno de 50% da nossa arrecadação, e no final do dia, representa algo em torno de 70% da nossa atividade econômica. Nós não podemos prescindir da Zona Franca de Manaus”, disse.
O modelo diferenciado de tributação fará com que o governo federal deixe de arrecadar R$ 54,7 bilhões em 2023. Wilson pede que sejam assegurados os dispositivos constitucionais até 2073.
Visita em fábrica
Em visita à fábrica produtora de condicionadores de ar que recebe incentivos fiscais, nesta terça-feira (4), ainda em Manaus, Wilson reforçou que a reforma tributária que tramita na Câmara Federal precisa dar garantias de que o modelo econômico que emprega 500 mil pessoas – direta e indiretamente – no estado precisa ser preservado.
“A Zona Franca de Manaus é nossa principal atividade econômica, daí o compromisso que o nosso governo tem com essas empresas que geram emprego, que geram renda, geram oportunidades. E a gente tem agora o processo da reforma tributária, que é algo que nos preocupa e a gente tem estado muito atento, participando das discussões no Congresso e também junto ao Governo Federal para que a competitividade dessas empresas sejam mantidas”, ressaltou Wilson Lima.