Neste sábado (06/04), o magnata Elon Musk, dono do X (anteriormente conhecido como Twitter), levantou dúvidas sobre as práticas de censura no Brasil, dirigindo seus questionamentos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os questionamentos surgiram em resposta a uma postagem datada de 11 de janeiro no X, na qual Moraes parabeniza o ex-ministro da Corte Ricardo Lewandowski por assumir o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.
As indagações de Musk surgem após acusações feitas pelo jornalista norte-americano Michael Shellenberger na última quarta-feira (3). Segundo Shellenberger, “o Brasil está envolvido em um caso amplo de repressão à liberdade de expressão liderada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes”.
Shellenberger também acusa as decisões de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de “ameaçarem a democracia no Brasil”. O jornalista afirma que, em 2022, o ministro solicitou à rede social intervenções em publicações de membros do Congresso Nacional e requisitou acesso a detalhes pessoais de usuários, o que violaria as diretrizes da plataforma. Essas informações fazem parte do “Twitter Files Brazil”.
As alegações de Shellenberger desencadearam um debate acalorado sobre a liberdade de expressão e o papel do judiciário brasileiro. A intervenção de Musk, um dos empresários mais proeminentes da atualidade, adiciona um novo elemento a essa discussão.
A manifestação de Musk nas redes sociais é apenas uma das várias críticas que têm sido feitas ao sistema judicial brasileiro recentemente. O debate sobre a separação de poderes, a independência do judiciário e o respeito aos direitos individuais têm ganhado cada vez mais destaque na esfera pública.
Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes ainda não se pronunciou publicamente sobre as acusações feitas por Shellenberger ou sobre os questionamentos de Elon Musk.