Morreu na madrugada desta sexta-feira (14), o poeta amazonense Thiago de Mello. O artista tinha 95 anos e morreu em casa. A causa da morte não foi divulgada pela família e o enterro acontece no Centro Cultural Palácio Rio Negro, localizado na avenida Sete de Setembro, no Centro de Manaus.
O poeta, natural de Barreirinha, tornou-se um dos nomes mais expressivos da cultura amazonense e conquistou reconhecimento nacional e internacional. Além de escritor, Thiago de Mello também exerceu a profissão de jornalista.
Dentre os livros de sua autoria estão “Faz escuro, mas eu canto”, “Silêncio e palavra”, “Manaus, amor e memória”, entre outros. Um dos poemas mais famosos do amazonense é o “Estatuto do Homem”, no qual o escritor dá uma resposta ao Ato Institucional 5 (AI5), que foi baixado pelo governo militar do Brasil.
Por seu posicionamento político, Thiago foi preso em 1968 e, em 1973, quando morava no Chile. Ele também recebeu diversas ameaças de morte por defender o meio ambiente.
O governador Wilson Lima decretou luto oficial do Estado por três dias pela morte do poeta. “É uma perda irreparável para nossa cultura. Que Deus conforte familiares e amigos do nosso grande poeta”, disse Wilson Lima.
O prefeito de Manaus, David Almeida, também decretou luto de três dias no município. “Filho dessa terra, Thiago de Mello se consagrou um ícone da literatura amazonense. Seu reconhecimento atravessou as fronteiras do Estado e sua poesia alcançou o Brasil e vários países, com suas obras traduzidas em 30 idiomas. Que Deus seja o alento da família, de amigos e de todos os amazonenses neste momento. Que sigam firmes na esperança da ressurreição e na breve volta de Jesus Cristo”, destacou o prefeito.
publicitárias nas redes sociais e pelas ruas da cidade também fizeram reconhecimento ao poeta amazonense.