O policial civil e médico legista, Cleverson Redivo, se revoltou na tarde desta quinta-feira (25), e foi até o Sinetram questionar o motivo do órgão não está concedendo o Passa Fácil para os seus pacientes com deficiência, sob a alegação de que era falso e ainda de que o especialista estava vendendo o documento para se beneficiar.
De acordo com o médico, seus pacientes são pessoas com deficiência, de famílias carentes e baixa renda, que não tem condições de pagar a passagem do transporte público, e que precisam do benefício para usar a condução de forma gratuita.
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Em um vídeo, Dr. Redivo afirma que as atendentes do Sinetram não tem competência para atestar validade de laudo.
“Agora com o novo valor da passagem, eles tão dificultando ainda mais. E eles [atendentes] exercem a medicina de forma ilegal, porque eles não têm condições de emitir parecer médico dizendo se o laudo é válido ou não”.
O homem afirma ainda que os atendentes tratam quem tem deficiência com descaso, os desrespeitando e os humilhando, e que não é a primeira vez.
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“Todo dia eu ouço reclamações dos pacientes que seus laudos foram rejeitados, tendo que esperar na fila do SUS 3 ou mais meses por um atendimento, simplesmente porque o laudo que fiz estão invalidando, mas hoje foi a gota d’água! E quando chego lá ainda tenho que escutar que não tem ninguém responsável pelo setor e que eu deveria aguardar até junho para ser atendido, absurdo, falta de respeito para com os PCDs”.
Os funcionários ainda chamaram a Guarda Municipal para retirar o profissional do ambiente.
Saindo de lá ele foi até a Polícia Federal oferecer uma notícia-crime de que funcionários do Sinetram estavam atuando na área médica sem o devido credenciamento ou capacitação para fazê-lo.
O que diz o Sinetram
O Sinetram informou que foi citado por esse profissional de forma equivocada, pois, não faz parte da competência do sindicato fazer a aprovação ou reprovação de laudo médico para quaisquer benefícios referentes ao transporte, sendo esta competência do órgão concessor: o Instituto de Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU).
Matéria atualizada às 21h38 para inclusão de nota do IMMU
NOTA DO IMMU
A Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), repudia a agressão verbal sofrida por um de seus servidores no posto de atendimento do órgão, no shopping Phelippe Daou, na última quinta-feira, 25/5, quando estava em pleno exercício de suas atividades.
Frisamos ainda que o artigo 6º do Decreto Municipal nº 1.128, de 29 de julho de 2011, que regulamenta o artigo 261 da Lei Orgânica do Município de Manaus (Loman), determina que o formulário para emissão do Passe Livre deverá ser preenchido em letra legível por médico especialista integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) ou do Serviço Médico Municipal, constando o seu respectivo carimbo, contendo o número do CRM, tipo de deficiência e/ou patologia e CID.
O IMMU informa que confere toda a documentação encaminhada para expedição de qualquer benefício.
O órgão informa, ainda, que está analisando as imagens e avalia quais medidas judiciais vão ser adotadas referente ao caso.
A população também pode ajudar a melhorar os serviços, por meio de sugestões e reclamação pelo Serviço de Atendimento à Comunidade (SAC) no telefone 118.