Uma jovem de Manaus identificada como Jéssica Silva, mais conhecida como “Guguta”, morreu a tiros durante intervenção policial no bairro Moura Brasil, em Fortaleza, nesta quinta-feira (30). Ela estava com outros dois homens, que não foram identificados, e que teriam relação com o tráfico de drogas e eram suspeitos do homicídio do policial penal José Wendesom Rodrigues de Lima, na capital, na última terça-feira (28).
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), um dos homens fez os disparos que mataram o policial penal e o outro também estava no momento do crime. Ainda segundo a SSPDS, a mulher também participava do grupo envolvido com o caso como informante e “olheira”. Com eles foram apreendidas quatro armas de fogo.
Nesta quinta-feira, a polícia realizou operação para prender o trio, mas segundo a secretaria, “houve resistência”. Amigos e familiares negaram que Jéssica tivesse relação com o crime, mas afirmaram que ela estava acompanhada de um namorado. Uma campanha de arrecadação de dinheiro está sendo realizada para fazer o translado do corpo para Manaus.
Assassinato do policial
O policial penal José Wendesom estava fazendo uma investigação, em viatura descaracterizada, na última terça-feira (28), e teria sido confundido com membro de uma facção rival. Ele levou vários tiros, chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Ele vigiava o grupo criminoso que estaria planejando resgate de membros da facção em unidade prisional no Ceará. O agente penal fazia parte da Coordenadoria de Inteligência (Coint), da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), e investigava membros do Comando Vermelho (CV), oriundo dos estados do Pará e Amazonas que, conforme as investigações, estavam em Fortaleza há poucos dias para colocar os planos em prática.
Após o homicídio, a polícia iniciou as investigações e prendeu quatro pessoas. Todos seriam do Norte, sendo um do Amazonas, identificado como Nonato Lopes dos Santos, de 31 anos. Os outros três, incluindo a jovem, acabaram mortos.
