Os golpistas presos por aplicar R$ 50 milhões em golpes nos funcionários públicos tinham um protetor especializado. Era o major da PM do AM Jonatas Soares.
Quem diz isso é a própria polícia. O Grupo Lótus, que desde 2021 é investigado e acusado dos golpes, usava da boa fé das vítimas, fazia empréstimos consignados, prometia lucros exorbitantes, mas tudo era fraude.
O major está preso. Ele aparece em viagens a lugares frequentados por milionários, como Dubai.
Com os empréstimos, o dinheiro era repassado para 15 empresas de fachada, sendo a principal delas o grupo financeiro Lotus Corporate.
De acordo com o titular do 13º Distrito Integrado de Polícia (DIP), delegado Cícero Túlio, a investigação prossegue. “Estamos há dois anos investigando e descobrimos que a organização trabalhava em três núcleos: um núcleo diretivo, onde estavam os administradores das empresas; um segundo núcleo operacional, que cooptava as vítimas; e outro financeiro, responsável pela criação de novas empresas e pelo escoamento do dinheiro”, explicou o delegado.
Esta semana dezenas de pessoas foram presas, sendo sete em Manaus; quatro no Rio de Janeiro; uma em Sergipe; e uma em Santa Catarina.