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Mãe que se mudou para Tefé para estudar na UEA relata luta para rever os filhos gêmeos

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Maria Alice, uma jovem de 22 anos natural de Pauini (AM), viralizou nas redes sociais após compartilhar um vídeo emocionado em que denuncia estar sendo afastada à força de seus filhos gêmeos. Seu desabafo, marcado por lágrimas e revolta, mobilizou internautas e conquistou o apoio de advogadas especializadas em direitos das mulheres.

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Em 2022, Maria se mudou para Tefé para estudar na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). No final de 2023, começou um relacionamento com um morador da cidade, com quem teve os gêmeos. No entanto, a gravidez teria sido o início de um ciclo de controle e abuso emocional por parte da família do pai das crianças.

“Tive que abandonar meu apartamento, vender meus móveis e me mudar para a casa deles. A mãe dele dominava tudo: ia no meu lugar às consultas do pré-natal, decidia sobre minha gravidez e não me permitia exercer minha maternidade”, desabafa.

Mesmo após o nascimento dos bebês, a situação piorou. Maria relata que foi sistematicamente desacreditada e proibida de participar de decisões essenciais, como a vacinação das crianças. “Sou independente, sempre cuidei deles com meus recursos e o apoio da minha família. Meus filhos são minha razão de viver, jamais os abandonaria”, afirma.

O conflito chegou ao ápice no início de maio, quando ela cobrou dívidas assumidas pelo ex-companheiro em seu nome — incluindo uma moto e uma bicicleta não quitadas — e anunciou planos de deixar a casa da família dele. A discussão terminou em ameaças, xingamentos e sua expulsão sem pertences.

A Justiça concedeu a Maria a guarda provisória e autorizou a busca das crianças, ordem que foi cumprida. Porém, em menos de 48 horas, a família paterna obteve uma nova decisão alegando que ela planejava fugir com os filhos. “Inventaram que comprei passagem no porto, mas não há provas. Só querem afastá-los de mim”, desabafa.

Desde então, a jovem está sem contato com os gêmeos. “Passei meu primeiro Dia das Mães longe deles. Não me atualizam sobre nada. Estou desesperada.”

O caso repercutiu com a advogada Adriane Magalhães, referência no combate à violência contra mulheres. Em suas redes, ela destacou o “cenário de violência psicológica e institucional” e ofereceu assistência jurídica gratuita.

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