Claudiana de Freitas, de 24 anos, que confessou ter matado asfixiada a própria filha de 6 anos, foi solta durante audiência de custódia nesta quarta-feira (4). A menina foi enterrada ontem e o caso gerou revolta na família do pai da criança.
À polícia, a suspeita disse que tinha depressão e que além de ter matado a filha, ia se matar depois. A família dela, no entanto, diz que a mulher foi obrigada a assumir o crime.
Uma tia, identificada como Ketelen Araújo Figueiredo, foi às redes sociais pedir justiça. Ela alega que a família não teve acesso ao laudo pericial e o número do processo. Além disso, diz que a pequena Isabelly Eloize Soares Freitas tinha problemas de saúde.
“De antemão o laudo relata que a criança morreu de asfixia, só que ela tinha um problema pulmonar, nasceu prematura. Falta de ar e desmaio ela sempre teve. Dessa vez, ela teve, desmaiou e não conseguiu acordar”, diz a mulher, que também expôs que o socorro demorou.
“O único erro dela foi ser pai e mãe, pois ela não tinha com quem deixar a criança. Ela chegava a levar a menina para o trabalho, essa é a real história, mas pra justiça, não é aquilo que vale”, lamentou.
O pai de Claudiana, identificado como Cacique Fred, também se negou a acreditar que a filha tivesse cometido o crime. “Ela foi obrigada a assinar um papel assumindo que matou a filha. Eu sei que não criei um monstro, eu criei uma filha educada. Estamos atrás da verdade”, disse.
A delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), que investiga o crime, informou que as informações repassadas pela família da suspeita não procedem.
Segundo a delegada, o laudo de necropsia do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a criança foi asfixiadae também constatou abuso sexual. O abuso não era recente, não cabia flagrante quanto a violência sexual, mas consta no inquérito para que seja apurado a autoria.
Amostras de DNA do pai, do padrasto e de outras pessoas já foram recolhidas a fim de ajudar nas investigações, segundo a autoridade policial.
Joyce Coelho também explicou que a mulher mostrou como que enforcou a menina até a morte. “Claudiana chegou a mostrar como sufocou a filha. Ela disse que sentou com a criança na cadeira e asfixiou ela com braço”, contou a delegada.