A Polícia Civil, por meio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM) e 56ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Jutaí deram mais detalhes nesta sexta-feira (22) sobre a prisão de quatro pessoas envolvidas no linchamento do detento Gregório Patrício da Silva, de 48 anos. Uma delas é a mãe de Laylla Victória de Assis, de apenas 1 ano de 6 meses, que foi estuprada e morta pelo homem.
Segundo a polícia, Gregório confessou o crime, estava preso na cela e seria transferido de Jutaí (distante 750 quilômetros de Manaus), no interior do Amazonas, para outra delegacia. No entanto, após a mulher saber que ele estave lá, teria convidado a população a fazer “justiça” com as próprias mãos e invadir o local.
A mulher teria agredido o homem com pauladas e teria queimado uma motocicleta da delegacia. Durante o ato de barbárie, vários documentos públicos e parte da delegacia foram destruídos.
Além da mãe da criança, foram presos Abraão Lopes Ferreira, de 32 anos, David Araújo Freitas, de 23 anos, e Mateus Soares Lopes, de 25 anos. Todos têm passagem pela polícia, incluindo a mulher, pelo crime de maus-tratos. Outras 12 pessoas foram indiciadas. Todos foram identificados por meio de vídeos que mostraram o linchamento na frente da delegacia e Gregório sendo queimado até a morte.
Eles responderão por homicídio qualificado, vilipêndio a cadáver, dano qualificado, incitação ao crime e resistência qualificada. A polícia ressalta que linchamento é crime e mesmo que o homem tivesse cometido um delito também, ele deveria ser julgado pela justiça.