Os 12 policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), suspeitos de envolvimento nas mortes de quatro pessoas, na Rodovia AM-010, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça do Amazonas e a decisão foi preferida no último sábado (21). O crime aconteceu em dezembro de 2022. No entanto, a defesa dos PMs pediu a soltura deles nesta terça-feira (24).
Desde o dia 24 de dezembro, os agentes estavam presos temporariamente no Batalhão da Polícia Militar do Amazonas e seriam soltos nesta terça-feira.
Segundo a defesa dos PMs, a Justiça sustentou que a decretação da prisão preventiva foi necessária em razão da gravidade do caso, que demonstra o grau de periculosidade dos agentes e a necessidade de proteger o andamento das investigações. A justiça considerou informações apresentadas pela Polícia Civil do Amazonas, que investiga o caso.
As prisões de 12 PMs foram determinadas no dia 23 de dezembro pela juíza Dinah Fernandes, da Comarca de Manaus, a pedido da Polícia Civil.
Relembre o caso
Oito policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) foram afastados de suas funções, após terem sido apontados como os autores da chacina que deixou quatro pessoas mortas na manhã desta quarta-feira (21), no Km 32 da AM-010.
Os corpos foram encontrados dentro de um carro, com tiros de pistola e espingarda calibre 12. Três deles usavam balaclava na cabeça.
As vítimas foram identificadas como os irmão Diego Máximo Gemaque, 33, e Lilian Daiane Máximo Gemaque, 31, e o casal Alexandre do Nascimento Melo, 29, e Valéria Luciana Pacheco da Silva, 22. Alexandre e Valéria são filho e nora de Alessandro Melo, sargento da Polícia Militar.
Alessandro compareceu à delegacia ainda na noite de ontem e disse que exige uma explicação para o assassinato de seus familiares.
A decisão de afastar os policiais foi tomada depois que vídeos que mostram os militares abordando as vítimas foram divulgados nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver o carro Ônix de cor branca e as duas mulheres de frente para o muro de uma residência.
Em nota, a Polícia Militar informou que os fatos serão apurados e os policiais ficarão afastados de suas funções até o fim das investigações.
No dia 22 de dezembro, oito policiais militares suspeitos da chacina foram afastados pelo Comando da Polícia Militar do Amazonas. A corporação considerou as imagens da abordagem policial.