O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, foi afastado de suas atividades de gestão pessoal após várias denúncias de assédio moral. A determinação é da Justiça do Trabalho. Com a decisão, ele fica proibido de nomear, contratar e afastar servidores da entidade.
A sentença foi assinada pelo juiz Gustavo Carvalho Chehad, da 21ª Vara do Trabalho de Brasília, que atendeu a um pedido do Ministério Público do Trabalho. No documento, o órgão diz que Sérgio Camargo cometeu assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra servidores.
“Os elementos iniciais de provas trazidos pelo autor indicam que, pela ótica dos relatos colhidos no procedimento investigativo prévio a esta demanda, o ambiente laboral sofreu degradação e que ex-trabalhadores narram situações de fobias, de pânico e de abalo emocional”, diz um trecho da decisão. A multa diária em caso de descumprimento é de R$ 5 mil.
Em sua decisão, o juiz disse ainda que a medida é cautelar e pode ser revista, mas é necessária para ‘coibir eventuais práticas tidas, a princípio, como abusivas’. O magistrado também proibiu Sérgio Camargo de usar seus perfis pessoais e as contas institucionais da Fundação Palmares nas redes sociais contra terceiros.