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Presidente da Aleam é suspeito de usar dinheiro público para bancar aliados nas eleições 2020

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O deputado estadual Josué Neto, presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), é suspeito de usar dinheiro público para patrocinar a campanha dos seus aliados. A denúncia aponta a Grafisa – gráfica e editora Ltda. de ter recebido, há poucos meses da campanha eleitoral 2020, um valor de quase R$ 2 milhões com serviços gráficos, que não foram divulgados no site da transparência.

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Dois dos pagamentos foram realizados em março, um em setembro e o restante em outubro, pouco antes do início da campanha. De acordo com a fonte, o contrato é estipulado no valor de R$ 6.700.000,00 (seis milhões e setecentos mil reais), que deverão ser pagos até o fim do ano.

No site ‘DivulgaCand’, responsável por informações detalhadas sobre todas as candidaturas, não há registro do valor recebido recentemente pelo partido, o que indica ilegalidade.

De acordo com informações de sites de notícias e fontes jornalísticas, Josué Neto tem ligação com o proprietário da gráfica Grafisa, Paulo Montenegro. Nos bastidores da política, as especulações são que esses gastos exorbitantes do legislativo com a gráfica, em poucos meses, seriam para pagar material impresso de campanha (panfletos, santinhos e etc.), dos membros do partido de Josué, o PRTB.

Ainda segundo as fontes, Paulo Montenegro, que supostamente recebeu milhões do Legislativo, é natural do estado do Pará, e amigo do conterrâneo e senador Eduardo Braga (MDB), o suposto responsável pelas negociatas e pela ascensão financeira do empresário na capital amazonense.

É válido relembrar que Paulo Montenegro, foi um dos 20 acusados de participar de um esquema de exploração sexual no Amazonas. O dono da Grafisa, chegou a ser denunciado pelos moradores do luxuoso Condomínio Residencial Barão da Vila, na avenida André Araújo, bairro Aleixo, onde residia, de receber em seu apartamento, várias adolescentes, a maioria aparentando ter entre 14 e 17 anos de idade.

Em novembro de 2012, a Polícia Civil do Amazonas, com o objetivo de combater uma suposta rede de exploração sexual infanto-juvenil em Manaus, nomeou Paulo Montenegro como um dos investigados.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia foi instalada em 2014, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), o que gerou uma enxurrada de polêmicas. Uma delas se deu, quando os próprios membros da CPI da Pedofilia, declararam desconhecer que a Grafisa, cujo proprietário, era um dos acusados de prostituição infantil, prestava serviços para a ALE-AM. O cerne da questão é: como os deputados podem desconhecer as empresas e, os respectivos valores, determinados em contrato, destinados a pagamentos de serviços, dentro da ‘casa do povo’?

Na mesma época, outra polêmica envolveu Josué Neto, uma nota divulgada por um jornal local, em meados de 2014, denunciava o presidente da casa legislativa, de estar negociando um terreno na frente da ALE-AM, no valor de R$ 15 milhões, sem licitação.

Esse valor seria supostamente dividido da seguinte forma: R$ 3 milhões para Josué Neto, R$ 5 milhões para os deputados que avalizaram o contrato e, R$ 7 milhões para o proprietário do terreno.

Comprovando a denúncia, na mesma época, o MPE recebeu o pedido para autorização da compra de um terreno avaliado em R$ 15 milhões, no entanto, não ocorreu.

Devido a tantos antecedentes envolvendo Josué Neto, Paulo Montenegro e ALE-AM, é pressuposto, segundo fontes, que a verba liberada para a gráfica Grafisa, a poucos meses da campanha, sem divulgação na ‘transparência’ tem a autorização do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas e, pode estar destinada à campanha do PRTB.

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