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Irmãs trans de Parintins são presas acusadas de formar quadrilha de travestis assaltantes

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As blogueiras do Amazonas Índia Kokama, a irmã dela Hadassa Beatriz, e a namorada dela, Mayara Messias, 24, todas trans, foram presas durante Operação da Polícia Civil nesta terça-feira (18), em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, por fazerem parte de uma quadrilha formada por travestis, que abordavam pessoas nas ruas, clientes ou não, e as obrigava a fornecer cartões de bancos para que elas pudessem realizar transferências e compras.

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Além delas, um rapaz identificado apenas como Pedro, de 27 anos, também foi preso.

Elas ficaram conhecidas após brigar com a Sereia do Amazonas, em Parintins durante o festival deste ano. Na época, a Sereia do Amazonas acusou as três de tentarem roubar seus pertences na Ilha da Magia, o que gerou polêmica nas redes sociais, além de afirmar que foi agredida.

Sereia do Amazonas afronta irmãs trans em Parintins e leva coió

Mayara foi a primeira a ser identificada após uma das vítimas denunciar o crime na DEPAC, a qual a vítima narrou que um grupo de travestis teria entrando em seu veículo e o ameaçado, exigindo seus cartões de crédito e realizado transações em maquininhas de cobrança, realizando diversas compras e transferências para determinadas contas bancárias.

Durante as investigações, identificou-se que o CNPJ de um lava jato que estava sendo beneficiado com essas transações ilícitas pertencia a Mayara, que utilizava o nome masculino para a prática.

Os investigadores constataram diversos outros boletins de ocorrência com a mesma forma de agir. Os travestis, em tese, abordavam pessoas na rua e mediante violência ou ameaça, realizavam diversas transferências bancárias e compras com os cartões de crédito das vítimas, tendo como beneficiárias as mesmas contas bancárias e pessoas jurídicas.

Ainda durante as investigações, um novo boletim de ocorrência foi registrado na DERF, tendo a vítima relatado que três travestis o teriam ameaçado e pegado seu cartão bancário para realizar transferências, porém, como tais transferências não deram certo, as criminosas subtraíram seu aparelho celular, uma aliança e pulseira de ouro, além de R$ 250,00 em cédulas e demais objetos.

Assim foi possível identificar as demais envolvidas, apurando-se que todas as quatro residiam no mesmo local. A equipe da DERF se deslocou até a residência das investigadas, capturando os quatro integrantes do grupo criminoso.

Na casa delas foram encontradas nove maquininhas de cartão de crédito e diversos objetos identificados como produtos dos crimes de roubo cometidos pelas autoras, foram apreendidos.

Em interrogatório, todas as investigadas confessaram a prática dos crimes investigados.

“Elas revelaram que passaram por um “treinamento” com outra travesti no Estado de Santa Catarina, que lhes ensinou o modo de agir para conseguir a subtração de valores de clientes através das máquinas de cartão, inclusive, disseram recusar pagamento dos programas em dinheiro, pois, assim frustraria parte do esquema criminoso, em que era necessário o acesso ao cartão da pessoa, para retê-lo e realizar as transações financeiras. Ainda disseram ter passado por outros Estados da Federação e terem procedido da mesma forma, antes de chegarem à capital sul-mato-grossense”.

Ainda segundo a Polícia Civil de MS, Mayara informou que, a partir disso, criou uma pessoa jurídica com finalidade exclusiva de cometer crimes, solicitando máquinas de cartão de crédito vinculadas a tal empresa para receber os proventos da prática delituosa.

“Confessou ainda que o modus operandi da associação criminosa consistia em iniciar um programa sexual com o cliente e no momento do pagamento do serviço, enquanto a vítima estava em situação de vulnerabilidade, pedia para a mesma pagar no cartão de crédito, proferindo ameaças e assim subtraindo mais valores da vítima. Vale ressaltar, que as vítimas eram escolhidas por elas de forma aleatória, independente de serem clientes ou não. A maioria dos roubos ocorreu na Vila Progresso”.

Apurou-se ainda que a maioria das investigadas são soropositivas e possuem a ciência de tal fato, entretanto realizavam alguns programas sem o uso de preservativo. Diante dessa constatação, a Polícia Civil alerta para que possíveis vítimas procurem o sistema de saúde para realização de exames, e caso seja necessário, procure novamente a DERF para fornecerem mais informações, tendo em vista que as autoras podem ser responsabilizadas criminalmente também por este fato.

A operação foi um desdobramento de outra realizada em fevereiro deste ano, onde a DERF identificou três travestis que praticavam roubos nesta capital, sendo duas delas presas na ocasião. Ao todo, foram presas seis travestis, todas do Estado do Amazonas, que vieram para o Mato Grosso do Sul com o intuito de praticar crimes.

A Polícia não descarta a possibilidade da existência de outras vítimas e segue com as investigações para identificar a existência de outros membros do grupo.

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