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Indicado para a Suframa, Bosco Saraiva já foi preso e acusou PT de armação

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Ainda que tenha sido indicado por toda a bancada do Amazonas esta semana para ser o novo superintendente da Suframa, o ex-deputado federal Bosco Saraiva nem sempre foi unanimidade na política.

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Ele já foi acusado de compra de votos e acabou preso por isso. E atacou o PT, que hoje tem o poder de dar a canetada e o colocar no comando da Suframa.

PT é “armação”

Se refrescar a memória o presidente Lula terá dificuldades em aceitar a indicação da bancada amazonense. Alvo da operação Albatroz da PF, em 2004, Bosco Saraiva disse que tudo não passou de armação do PT.

. No processo, o grupo era acusado de praticar crimes contra o sistema financeiro com remessas não declaradas de valores ao exterior. A decisão cabe recurso. Bosco, então secretário de Eduardo Braga, não poupou o partido de Lula. “Houve aqui em Manaus, como em outras cidades do País também, operações parecidas para desmoralizar e sepultar alguns políticos. Portanto, a Operação Albatroz que, em um segundo momento, indiciou a mim e a outros honrados homens amazonenses, que na oportunidade estavam secretários do governador da época”, disse.

Preso por compra de votos

Bosco também foi preso em 2004, quando era candidato a vice-governador. O então vice de Amazonino era vereador do PPS, foi detido pela Polícia Federal,  sob acusação de estar fazendo boca-de-urna no bairro de Petrópolis.

A polícia também prendeu 25 ônibus na estrada que liga Manaus a Presidente Figueiredo, município a 104 quilômetros da capital, transportando eleitores. Segundo denúncias, o comboio era patrocinado pelo candidato Amazonino Mendes (PFL). Somente no início da tarde os eleitores foram liberados para votar. Bosco disse que jamais tentou comprar votos. “Fui alvo de perseguição política”.

Dinheiro do Amazonas para Goiás

Bosco, que nem tentou a reeleição para deputado federal, também foi protagonista de um episódio inusitado na bancada federal. Mandou dinheiro do AM Para Goiás. O então deputado federal disse que destinou R$ 2 milhões ao município de Padre Bernardo (GO) no “orçamento secreto” do governo federal em troca de apoio de colegas do partido à ZFM (Zona Franca de Manaus).

“Subscrevi uma ‘indicação’ ano passado a pedido de um colega do partido. Sempre atendo esses legítimos pleitos pois a bancada inteira sempre me apoiou nas questões referentes a defesa da Zona Franca de Manaus.”

Cotão turbinado

Além de usar verba pública para ajudar Goiás, Bosco também não dispensou o Cotão. Gastou R$ 1.743.428,86 durante os quatro anos em que exerceu o mandato. No último ano de mandato ele gastou R$ 518.377,64, sendo R$ 134.365,00 em divulgação da atividade parlamentar. R$ 96.933,98 em manutenção de escritório. R$ 76.952,11 em passagem aérea. R$ 68.100,00 em locação de barcos. R$ 60.000,00 em pesquisas particulares. mais R$ 46.200,00 em aluguel de carros. R$ 13.989,14 em correspondências e  R$ 11.435,90 em combustíveis.

Indicado de Omar Aziz

Bosco é uma indicação de Omar Aziz, o senador aliado de Lula que é líder da bancada do AM em Brasília. Além dele, Marcelo Ramos, Zé Ricardo e Serafim Corrêa estão no páreo. Mas com 11 votos dos parlamentares amazonense em jogo, Lula poderá ter de esquecer mais uma vez o passado e aceitar o ex-deputado na Suframa, que está sem superintendente desde que o petista assumiu.

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