Na última quinta-feira (2), quatro pessoas foram presas, suspeitas de participarem de um esquema que desviou mais de R$ 1,2 milhão do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), durante a operação Nababo, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no município de Parintins.
Segundo a polícia, um funcionário terceirizado identificado apenas como “Erleson Junior” seria o líder do esquema. Conforme o delegado Adilson Cunha, do Gaeco, ele usava uma senha de acesso ao sistema do TJAM para movimentar o dinheiro de processos finalizados.
“Através dessa senha ele movimentava o dinheiro de processos findos e transferia para contas de amigos. Ele distribuía esse dinheiro para vários amigos, dentre eles esses outros que foram presos com ele. Através dessa investigação do MP, conseguiu-se chegar a esses três e mais o Erleson”, disse Cunha.
Ainda segundo as investigações, parte do dinheiro desviado foi usado para abrir uma loja de aparelhos eletrônicos e celulares, no Centro de Parintins. A loja foi fechada pelos agentes da Gaeco.
Além dos mandados de prisão, foram cumpridos também mandados de busca e apreensão, para coleta de provas desses suspeitos.
Vida de luxo
Nas redes sociais, Erleson ostentava uma vida de luxo, com direito a viagens e festas. “Vivia uma vida de luxo totalmente fora dos padrões para um cidadão que ganhava um salário de R$ 1 mil”. “Ele conseguiu, juntamente com apoio desses amigos dele aqui em Parintins, desviar esses valores que chegam a quase R$ 1 milhão”, disse Cunha.
Investigação
Seis mandados de prisão também foram cumpridos em Maués. Os trabalhos acerca deste caso continuam, pois, segundo o delegado, outros supostos integrantes, incluindo pessoas de Manaus, estão envolvidas no esquema. Uma dos alvos de prisão temporária não foi localizado em Parintins.
Os suspeitos devem responder por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.