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‘Fui constrangida no DB do P.10’, diz professora com deficiência que usou fila preferencial

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Possuindo baixa visão e sendo uma Pessoa com Deficiência (PCD), a professora de teatro Ananda Guimarães denunciou, nesta segunda-feira (16), que foi constrangida no supermercado DB após um cliente duvidar que ela poderia estar na fila preferencial do caixa. Segundo Ananda, a rede do supermercados não deu nenhum suporte e ninguém fez nada.

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O fato aconteceu na unidade no bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul de Manaus, onde ela estava com a namorada. Nas redes sociais, Ananda explicou que possui uma condição chamada Doença de Stargadt. Por isso, ela não tem o centro da visão e enxerga apenas as laterais.

Ao pegar a fila preferencial, ela contou que foi intimidade por um cliente. A caixa sabia de sua condição, pois Ananda falou que possuía carteira de PCD e que poderia mostrar. No entanto, o cliente que chegou em seguida e ficou atrás dela com uma idosa, duvidou.

“Ela foi muito simpática e disse que não aconteceria [de ser constrangida]. Até aparecer esse homem podre e arrogante me questionar o porquê de eu estar na fila. Mostrei meu documento e ele começou a ser grosseiro”, relatou a professora, que disse que foi questionada se realmente não enxergava já que estava olhando para o homem.

Segundo Ananda, o homem disse que ela estava fingindo ser deficiente para usar o caixa preferencial. “Ele falou coisas horríveis e ainda apontou o dedo na cara da minha namorada. O segurança não fez absolutamente nada”, lembrou ela, que após o ocorrido saiu correndo ao ter uma crise de pânico.

A mãe de Ananda foi até o supermercado conversar com o gerente, mas o mesmo disse que não podia fazer nada porque a professora não tinha jeito de ser deficiente. “Como se toda pessoa com deficiência tivesse que ser de um jeito específico”, apontou.

A professora desabafou sobre o capacitismo. “Não é porque a minha deficiência não ‘aparenta para vocês’, que ela não existe”. O DB, até o momento, não se manifestou sobre o ocorrido.

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