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Filha e namorado são presos por internar idosa para não perder grana de pensão

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A Justiça mandou prender por tempo indeterminado Patrícia de Paiva Reis e o namorado dela, Rafael Machado, que são filha e genro de uma idosa internada à força em uma clínica psiquiátrica do Rio de Janeiro. De acordo com a polícia, o plano era ficar com a pensão da vítima.

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O delegado Felipe Santoro investiga a clínica e a postura dos médicos. O laudo que possibilitou a internação da vítima foi assinado pela médica Aline Cristina Correia, que apontou quadro de depressão grave e recorrente, além de delírios.

Segundo a polícia, Patrícia queria que a mãe retirasse uma denúncia de maus-tratos sofridos pelo dois netos, de 2 e 9 anos, pois estaria com medo de perder uma pensão do filho, caso a denúncia fosse adiante, já que o pai tenta a guarda.

Nada foi comprovado. A Clínica Revitalis afirma que “foi procurada por Patrícia de Paiva Reis, que solicitou a internação de sua mãe de 65 anos, com ‘histórico de depressão com episódios de confusão mental’. Em cinco dias na clínica, com abordagem multidisciplinar da equipe, foi constatado que a paciente não mais apresentava indicação de internação”. Segundo a clínica, a paciente aceitou o tratamento.

´”Iniciamos as diligências tão logo recebemos a informação de que uma idosa lúcida e sem nenhuma doença física ou mental estava sendo mantida em privação de liberdade em uma clínica. Após a prisão dos familiares que haviam determinado a internação, iremos investigar a conduta de médicos, enfermeiros e demais funcionários desses estabelecimentos a fim de entender a responsabilidade de cada um nesses crimes”, explicou o delegado Felipe Santoro.

Choro e fome

Dentro da ambulância, a aposentada chorou e disse que ficou trancada em um quarto sem janela na clínica por três dias, gritando com fome e sede, antes de ser obrigado a tomar remédios.

Em depoimento, a vítima disse ainda que questionava os médicos por sua alta, mas era ignorada. Patrícia de Paiva Reis responde a cinco processos por calúnia, estelionato, extorsão e furto em veículo, entre 2019 e 2020.

Ela também é investigada em dois processos, nas delegacias do Catete e do Leblon, sob suspeita de falsas acusações contra ex-namorados enquadrados na Lei Maria da Penha.

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