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Ficou curioso? Veja o segredo da troca de roupa ‘relâmpago’ do desfile da Mangueira

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Se você assistiu ao desfile da escola de samba Mangueira, na madrugada deste sábado (23), deve ter se perguntado como que a comissão de frente conseguiu fazer aquela troca de roupa “relâmpago” de meio segundo. A coreógrafa, Priscilla Nota, contou para o G1 qual o “mistério” e a gente te conta também.

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De acordo com ela, o truque é simples: imãs, fundos falsos e muitos testes e ensaios. Priscilla explica que as roupas foram desenvolvidas com ímãs para que pudessem ser abertas com facilidade. Elas foram puxadas pela barra das calças através de fundos falsos na altura dos pés dos dançarinos por um segundo grupo de bailarinos.

“São dois grupos de bailarinos: os que dançam no chão e os que fazem em cima do carro. Os mesmos bailarinos que estavam no chão entram no carro e puxam as roupas dos bailarinos que estão em cima do carro, fazendo a performance para os jurados”, diz a coreógrafa.

Segundo Priscilla, o desenvolvimento da técnica foi longo. “Ficamos desenvolvendo as roupas desde julho do ano passado. Desenvolvendo técnica, a melhor maneira, a melhor altura, a disposição dos ímãs… Foram seis protótipos diferentes”, explicou.

Priscilla conta que um dos desafios foi fazer com que os bailarinos conseguissem dançar com o ímã fechado, ao mesmo tempo que a roupa saísse com facilidade quando puxada. Por isso, os imãs não poderiam ser fracos (para a roupa não abrir com os movimentos dos bailarinos), nem fortes demais (o que impediria que o segundo grupo de bailarinos conseguisse puxar as roupas).

“Fomos em busca de vários fornecedores de ímãs até chegar no ímã perfeito para fazer isso. Isso tudo foi teste. Foram meses de teste até chegar ao ímã com a intensidade perfeita e à quantidade de ímãs adequada”, conta.

Outro ponto importante no desenvolvimento foi a largura da roupa. “A gente fez vários moldes diferentes para a roupa não ficar apertada e nem larga, para não aparecer a roupa que estava por dentro”.

Priscila também relacionou a atual performance da troca de roupa com o desfile de 2010 da Unidos da Tijuca, que também teve um truque de ilusionismo desenvolvido por ela e por Rodrigo Negri. “Nós revisitamos a nossa própria identidade de 12 anos atrás e trouxemos um novo conceito de troca de roupa mágica”, diz.

Sobre a repercussão, a coreógrafa diz que foi uma surpresa. “Foi uma catarse. Pessoas gritavam, urravam na avenida. As pessoas ficaram impactadas”.

Veja o truque:

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