Familiares de Pedro Henrique Falcão, de 1 ano e 7 meses, realizaram um protesto nesta quarta-feira (10), em Presidente Figueiredo (a 117 km de Manaus), exigindo justiça pela morte do menino, ocorrida no último dia 11 de novembro. A mãe, Stefany Falcão Lima, atribui o óbito a um suposto erro anestésico durante uma cirurgia na Maternidade do Hospital Municipal Eraldo Neves Falcão e acusa o anestesiologista Orlando Calendo Ignacio Astampo.
Stefany relatou que levou o filho à unidade de saúde com dores no ouvido. Após exames, um pediatra diagnosticou fimose e iniciou tratamento, mas dias depois a criança foi encaminhada para cirurgia. De acordo com a mãe, o anestesiologista Orlando aumentou a dosagem do sedativo após a dose inicial não fazer efeito. O bebê teria apresentado queda na saturação e piora rápida, vindo a falecer no centro cirúrgico.
A mãe afirmou ainda que, diante das dificuldades na intubação, o médico não buscou ajuda imediata. Ela mesma pediu a uma enfermeira que chamasse o pediatra, que tentou reanimar a criança sem sucesso.
O caso foi registrado no 37º Distrito Integrado de Polícia de Presidente Figueiredo no dia 20 de novembro como homicídio culposo, com indícios de imperícia médica. O delegado Valdinei Silva confirmou que as investigações estão em andamento e que toda a equipe médica envolvida será ouvida.
Enquanto isso, a advogada da família, Doracy Queiroz, manifestou preocupação com uma possível fuga do anestesiologista, alegando que ele estaria vendendo seus bens. O delegado responsável afirmou que, até o momento, não vê necessidade de prisão preventiva, mas que a situação será reavaliada conforme o andamento das investigações.


