Inquérito da operação Mandrágora, da Polícia Civil do Amazonas, concluiu que o fisiculturista Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja Cardoso, tinha condições de ajudar a empresária e preferia filmá-la em condições deploráveis por conta do uso da Cetamina. Ele também teria lamentado ela ter morrido quando já iniciado seu “protocolo” com anabolizantes.
Vídeo: Bruno, ex-namorado de Djidja, filmou última noite dela viva se drogando com Cetamina
Conforme depoimento de Claudiele Santos, a maquiadora do salão de beleza da família, Bruno “ficou triste pelo fato dela [Djidja Cardoso] ter morrido justamente quando iniciou os protocolos de anabolizantes”. Era ele e também Hatus Silveira, outro coach que ajudava com exercícios físicos, que manipulava e até aplicava a medicação na família.
“Bruno aplicava Ketamina na própria Djidja, inclusive, no período em que ela estava mais debilitada (…) Ele teria injetado anabolizantes no corpo de Djidja, mesmo com conhecimento de que a mesma estava em estado deplorável de saúde”, diz outro trecho do depoimento de Claudiele.
Além de ter injetado anabolizante na noite anterior da morte de Djidja, a polícia teve acesso a vídeo onde Bruno, no dia da morte da ex-sinhazinha, a filma debilitada já na cama onde horas depois estaria morta. Ela não queria largar o frasco da droga e ele não o tirou de sua mão.
Segundo a polícia, a vítima não tinha “qualquer discernimento para reagir a qualquer comando” e que, naquele momento, ele poderia fazer algo e prestar socorro.
“É inimaginável compreender que uma pessoa com uma compleição física avantajada, digna de um atleta de fisiculturismo, assumindo clara posição de garantir, seja por ser o companheiro, seja por ser o único presente naquele cômodo, tenha preferido registrar imagens para sua futura defesa ao invés de diligenciar esforços para salvar a vítima da morte, mormente tendo total conhecimento de que sua companheira apresentava-se em estágio terminal”, conclui.